A tireoide é uma glândula constituída por dois lobos, o
esquerdo e o direito, ligados por um istmo. Juntos, eles assumem o formato de
uma borboleta de asas abertas, de um escudo ou da letra H. Os hormônios
tireoidianos são fundamentais para o metabolismo. A quantidade que a glândula
produz é regulada pela hipófise, glândula situada no cérebro que fabrica o TSH,
o hormônio estimulador da tireoide.
O câncer de tireoide atinge três vezes mais as mulheres do que os homens, na
faixa entre os 20 e os 65 anos. Existem diferentes tipos de câncer de tireoide
e os mais comuns são os carcinomas papilífero, folicular, medular e o
anaplásico.
O tratamento varia a depender do tipo de câncer e se ele se
espalhou. As opções de tratamento são a cirurgia, terapia de iodo radioativo,
radiação externa, quimioterapia.
Na cirurgia da tireoide ou tireoidectomia remove-se parte,
ou, mais comumente, toda a glândula tireoide, e nódulos linfático anormais. Em alguns
casos, são também retirados os linfonodos próximos, mesmo que eles não estejam
comprometidos, é uma forma profilática de tratamento. Quando há a necessidade
de retirar os grupos de linfonodos e vasos linfáticos que compõem as principais
vias de drenagem da cabeça e do pescoço, é realizado o procedimento de
esvaziamento cervical que pode ser radical ou parcial.
O esvaziamento cervical é dividido em subníveis, que
representam de forma simplificada os principais grupos de linfonodos de cada
lado do pescoço.
Nível I – linfonodos submentais e submandibulares.
Nível II - Linfonodos em torno do terço superior da veia
jugular interna.
Nível III - Linfonodos em torno do terço médio da veia
jugular interna.
Nível IV - Linfonodos em torno do terço inferior da veia
jugular interna.
Nível V - Grupo de linfonodos do triângulo posterior, isto
é, que acompanham o nervo espinhal acessório e a artéria cervical transversa.
Nível VI - Grupo de linfonodos contidos no compartimento
anterior ou central do pescoço, ou seja, aqueles que acompanham os nervos laríngeos
inferiores bilateralmente (paratraqueais) e os situados a frente da laringe e
traqueia.
No esvaziamento cervical radical são removidos os 5 níveis
de grupo de linfonodos do mesmo lado em relação ao tumor primário. São removidas
também as seguintes estruturas não linfáticas: nervo espinhal acessório,
musculo esternocleidomastóideo, veia jugular interna.
No esvaziamento cervical radical modificado é feito o mesmo
procedimento anterior, porém pode haver a preservação de uma ou mais estruturas
anatômicas não linfáticas.
No esvaziamento seletivo ou parcial preserva-se um ou mais
grupos de linfonodos que rotineiramente são removidos no esvaziamento cervical
radical. São também preservadas as estruturas anatômicas não linfáticas.
Imagens do arquivo pessoal
Foto 1: Momento inicial da cirurgia
Foto 2: tecidos retirado cirurgicamente - a numeração é indicativa do subnivel em que o tecido foi retirado.
Foto 3: Região após a retirada da metástase, após o procedimento cirúrgico.
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