segunda-feira, 7 de abril de 2014

A articulação temporomandibular e a sua disfunção


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O sistema estomatognático é uma unidade morfofuncional integrada e coordenada, constituída por um conjunto de estruturas esqueléticas, musculares, nervosas, glandulares e dentais organizadas ao redor das articulações temporomandibulares, occipito-atlanto-vertebrais da coluna cervical. Este sistema é primariamente responsável pela mastigação, deglutição e fala, além de estar intimamente associado a respiração e expressão facial.

A articulação temporomandibular (ATM) é a articulação da mandíbula (parte móvel da articulação) com a região temporal do crânio (parte fixa da articulação). A região da mandíbula que se articula com a região temporal é denominada côndilo e entre estas duas superfícies articulares encontra-se o disco articular que estabiliza o côndilo, aumenta a congruência articular, amortece  e distribui a pressão na articulação e regula os movimentos mandibulares, além de outras funções.
Toda a articulação é envolvida por uma estrutura fibrosa, chamada de cápsula articular, ligamentos e músculos responsáveis pelos movimentos de depressão, elevação, protrusão, retrusão e lateralização da mandíbula.

A disfunção da articulação temporomandibular (DTM) é uma síndrome que engloba as condições dolorosas agudas e crônicas decorrentes da ATM, dos músculos mastigatórios e das estruturas associadas. A etiologia é multifatorial e dentre as principais causas, pode-se citar os hábitos parafuncionais, alterações oclusais, problemas sistêmicos, alterações estruturais, distúrbios emocionais e traumas.  De acordo com os estudos e a Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SBDOF), 37,5% a 68,9% das pessoas apresentam ao menos um sinal ou sintoma da DTM e, dessas, 15% necessitam de tratamento.

Por se tratar de uma síndrome multifatorial, o tratamento é interdisciplinar, e o paciente deve ser acompanhado por um cirurgião dentista especializado em dor orofacial e e disfunção temporomandibular, fisioterapeuta especializado também nesta área, fonoaudiólogo, psicólogo, e pode ainda haver necessidade de um ortopedista, reumatologista, otorrinolaringologista, neurologista, a depender da necessidade do paciente.

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Alguns dos sintomas clássicos da DTM são: cefaleia, ruídos articulares (estalido e crepitação), limitação de movimentos da mandíbula, dor na ATM e nos músculos da face. Outros sintomas, menos frequentes podem surgir juntamente com os anteriores: dor de ouvido, zumbido, vertigens, fadiga nos músculos faciais, dores nos dentes, dores cervicais (principalmente na região suboccipital), podendo estender-se até a região dorsal.

O tratamento da DTM com a fisioterapia dispõe de técnicas de terapia manual intra e extra oral e recursos eletro e termoterápicos com objetivo de aliviar a dor do paciente e devolver ou melhorar a função prejudicada pela DTM.


Rebeca Sodré


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